O câncer de pulmão é um dos mais comuns – e temidos – tipos da doença. Sua ocorrência é resultado de anos de desenvolvimento através da quebra das células naturais do órgão e ao crescimento desorganizado de células malignas. Em 2016, foram registrados mais de 28 mil novos casos de câncer de pulmão no Brasil, e seus fatores de risco estão comumente associados a hábitos nada saudáveis de vida, como o tabagismo.
A doença pode se apresentar em subtipos, como carcinoma de pulmão indiferenciado de células grandes, adenocarcinoma, carcinoma epidermoide e carcinoma de pulmão de pequenas células.
Um fator comum a todos esses grupos é sua causa mais comum, que é o cigarro. Não é à toa que vários tipos de câncer estampam as embalagens do tabaco que é vendida indiscriminadamente em padarias, bares e outros estabelecimentos. Quando se deparar com uma dessas imagens ruins, não revire os olhos achando que é terrorismo barato, já que se trata de uma verdade pura e simples: o tabaco é, realmente, um dos principais gatilhos dessa doença.
E, ao contrário de causas mais complicadas, como as genéticas, a inalação de poeira e poluição e a inalação de agentes químicos, essa pode ser evitada.
Principais sintomas do câncer de pulmão
O diagnóstico do câncer de pulmão deve ser feito por um médico especialista que vai pedir os exames mais assertivos para essa finalidade, uma vez que os sintomas da doença podem ser associadas a outras enfermidades menos graves. Por isso, exames preventivos são importantes, principalmente para pessoas que já têm histórico de câncer de pulmão na família.
Os principais sintomas são tosse, falta de ar e chiado no pulmão, que podem ser confundidos com outras doenças, e outros mais específicos, como presença de sangue no escarro ou dor forte no peito. Também são comuns ao quadro canceroso a perda rápida de peso de apetite.
Para o diagnóstico preciso, os exames de imagem são essenciais, como radiografia simples do tórax, tomografia ou ressonância. Outros exames solicitados podem ser broncoscopia, cintilografia óssea, estudos citológicos de fluido pleural ou saliva, além de biópsia pulmonar com agulha ou cirúrgica.
Principais linhas de tratamento do câncer de pulmão
Existem várias formas de tratar – e até curar – um câncer de pulmão. A cirurgia é uma das mais efetivas, mas não se aplica a todos os casos: estima-se que 20% dos pacientes diagnosticados sejam “beneficiados” com a possibilidade de cirurgia logo após o diagnóstico.
Para os demais, as chances vem da radioterapia curativa e quimioterapia, em um cenário onde ambas podem ser associadas ou atuar separadamente.
Quem escolhe a melhor linha de tratamento é o médico que, ao analisar as condições do tumor e o quadro do paciente, vai escolher o método mais adequado para o caso. Especialmente quando o câncer é metastático, a quimioterapia é a melhor chance de cura e sobrevida.
Dependendo do tamanho e da localização das células malignas, complicações podem surgir, mas existem grandes chances de que o paciente diagnosticado com câncer de pulmão consiga conviver normalmente após esse prognóstico e tratamento.
É importante, aqui, voltar a falar do tabagismo, pois ele deve ser completamente retirado da vida de qualquer paciente de câncer, principalmente de pulmão, uma vez que continuar com o hábito pode significar uma piora significativa do quadro – e até evolução para óbito.
Quem ainda não teve o diagnóstico de câncer de pulmão deve evitar ao máximo o fumo ativo ou passivo, que é ficar perto de pessoas que fumam, para que as toxinas não cheguem “involuntariamente” aos pulmões saudáveis. Além disso, pacientes que já se submeteram a cirurgias e quimioterapias podem ter mais chances de recidivas se não mudarem seus hábitos de vida para melhor, no que for possível para evitar complicações futuras.